Deficiência



A maioria dos portugueses considera que a deficiencia é a principal causa de discriminação, seguindo-se a idade, ser de etnia cigana e a orientação sexual. Segundo um estudo de opnião, para 86% dos inquiridos portugueses, ser deficiente é causa de discriminação e o seu combate passa pela EDUCAÇÃO MORAL E SOCIAL dos individuos.

(retirado do jornal "Folha de Portugal" ediçao nº162 Ano 2007)


Infelizmente em Portugal e em muitos outros países continuasse a valorizar o dito "perfeito", aquele que so porque é igual a tantos outros parece ser melhor. Não me parece afinal os diferentes são verdadeiros heróis por viver num país que pouco ou nada cria para ajuda-los. Onde os "perfeitos" ainda cobiçam essa ajuda, vivemos num país em decandência de valores morais e socias, uma má educação de berço onde se ensina a olhar pr o "diferente" de uma forma penosa e que mesmo assim nada se faça para que o mundo seja de todos e nao só de alguns. Enerva-me ir na rua e ver crianças, porque a educação passa como referi, desde berço aprender a respeitar os outros por aquilo que são e o que conseguem fazer. Não por aquilo que podiam fazer se fossem... Tamos fartos de "se isto...", "se aquilo..." um país nunca criará estratégias de educação e apoio a que essas diferenças sejam diminuidas se continuar a usar a palavra "se". É hora de agir, de reagir, acordar para a vida e tentar deixar este mundo o bocadinho melhor do que aquilo que os deixamos. Está na hora de pôr o egoismo de parte e LUTAR POR UM MUNDO IGUAL PARA TODOS. Deixem-se de promessas e hajam. Está na hora de um dito deficiente (devo dizer que odeio esta palavra, porque não chamá-los de especiais, afinal eles podem não correr uma maratona mas todos os dias atingem novas metas, muitos deles com mais alegria, empenho, garra, dedicação do que os ditos normais) Ora, está na hora de tomar medidas drásticas, ajudas, uma educação que valorize as diferenças e não que essas diferenças sejam marcadas pelo lado negativo. Como todos nós sabemos, mas ninguém faz nada, milhares de deficientes tem dificuldades em ir simplesmente para o seu trabalho porque não existe uma rampa, uma simples rampa. Fico-me por este exemplo, pois desde pequena que já ouvi os mais diversos problemas, mas infelizmente continuo sem ver as soluções chegarem a tempo e a horas, das duas uma ou chegam atrasadas ou nunca chegam. Sabem o que me enerva, para os políticos nunca falta o ordenado, mas para os deficientes (e estou a ir para além do tema que decidi falar hoje, mas interliga-se) para os deficientes, para os idosos e para as crianças sendo estes os que deviam ser uma prioridade, o subsídio falta, os apoios nunca chegam, nada é feito mas caros políticos, continuamos há espera, deixem-se de discussões no parlamento para ver quem é o próximo a ganhar as eleiçoes tudo porque tem mais "lábia" e unam-se numa discussão para arranjar solução ao problemas do país, no meio de tanta cabeça há-de sair uma boa ideia.

estado suporta mais de metade dos portugueses



Entre salarios, reformas e subsídios, ao todo, são mais de quatro milhões e meio de portugueses que vivem na depência do Estado. A maior fatia vai para os reformados e funcinários públicos

No final de de 2006 contavam-se cerca de dois milhões e setecentes mil reformados e 737 mil funcinários públicos, números ue implicam uma grande fatia do Orçamento do Estado.
No entanto, esta despesa suportada pelo Estado não tenderá a aligeirar com o temp, pois um estudo realizado pela "Associação Portuguesa das Famílias Numerosas" calcula qua a população portuguesa vai continuar a envelhecer, o que pressupõe um consequente aumento dos reformados e da despesa do Estado.

Erosão da Pirâmide etária

Um decréscimo acentuado da taxa de natalidade, menos de 40 % de crianças em idade de entrar no ensino obrigatório, menos 30% de jovens com 18anos e uma redução de 60% no número de jovens com 21 anos, idade para entrar no mercado de trabalho. Este é o mais provável dos cenários para a realidade portuguesa nos próximos 40 anos. No entanto, todos os cenários apontam para um aumento da população mais velha, com o número de idosos por cada 100 jovens a passar os actuais 115 para 275, espera-se desta forma, uma "forte erosão da base da pirâmide etária portuguesa", de acordo com o estudo divulgado.

retirado do jornal "Folha de Portugal" ediçao nº162 Ano 2007

Queimada Viva

Estive a ler este livro, para dizer a verdade "devorei" há muito que andava interessada em ler, por isso assim que pude li sem parar, devo dizer que esta história prendeu-me até à ultima palavra e deixou-me na curiosidade de saber como estão; se todos aqueles medos que Souad tinha passaram. COntudo deixo alguns exertos para perceberem a intensidade deste relato de uma tragédia que infelizmente continua acontecer.

"Sou uma rapariga e uma rapariga deve caminhar depressa, com a cabeça inclinada para o chão, como se estivesse a contar os passos. Não deve erguer o olhar nem desviá-lo para a direita ou para a esquerda enquanto caminha, porque se os seus olhos se cruzarem com os de um homem toda a aldeia a chamará de charmuta (puta). (pg 7)

Na minha aldeia nascer rapariga é uma maldição. O único sonho de liberdade é o casamento. Abandonar a casa do pai em troca da casa do marido e não voltar nunca mais, mesmo que seja espancada. Quando uma rapariga casada regressa à casa do pai é uma infâmia. Não deve pedir protecção fora da sua própria casa e é dever da família levá-la de novo para o lar. (pg 8)

Suportarei o pior só para ter a liberdade, por que tanto anseio, de transpor sozinha esta porta e ir comprar pão! (pg 9)

Nasci numa aldeia minúscula. Disseram-me que ficava algures num território jordano, depois transjordano, mais tarde cisjordano, mas como não frequentei a escola não sei nada da história do meu país. Também me disseram que nasci lá para 1958 ou em 1957... Por isso, tenho hoje cerca de quarenta e cinco anos. Há vinte e cinco anos só falava árabe, nunca me tinha afastado da minha aldeia mais de uns poucos quilómetros da última casa, sabia que havia cidades mais distantes sem nunca as ter visto. Não sabia se a Terra era redonda ou plana, não fazia a menos ideia do mundo! Sabia que tínhamos de detestar os judeus que se tinham apoderado da terra, o meu pai chamava-lhes "porcos". Não devíamos aproximar-nos deles, falar com eles nem tocar-lhes sob pena de nos tornarmos porcos como eles. Devia fazer as minhas orações pelo menos duas vezes ao dia, recitava como a minha mãe e as minhas irmãs, mas só soube da existência do Corão muitos anos mais tarde, na Europa. O meu único irmão, o rei da casa, frequentava a escola, mas as raparigas não. Nascer rapariga na minha terra é uma maldição. Uma esposa deve antes de mais fazer um filho, pelo menos um, e se só tiver raparigas, fazem troça dela. Bastam duas ou três raparigas, fazem troça dela. Bastam duas ou três raparigas no máximo para as lidas da casa, para tratarem da terra e do gado. Se vierem mais, é uma grande desgraça de que convém, desembararçar-se o mais depressa possível. Aprendi muito depressa como é que se desebaraçam delas. Vivi assim mais ou menos até à idade dos dezassete anos, sem saber outra coisa para além de que, pelo facto de ser uma rapariga, era menos do que um animal. [...] Permite-me agora testumunhar em nome de todas as que não tiveram essa oportunidade, que continuam a morrer nos dias de hoje por uma única razão: serem mulheres. (pg 11 e 12)


A lei dos homens era assim naquela aldeia. As raparigas e as mulheres eram com toda a certeza espancadas todos os dias nas outras casas. Ouvíamos gritos aqui e ali, por isso era normal ser espancada ter os cabelos rapados e ficar presa a uma estaca no estábulo. Não havia outra forma de vida. (pg 17)

Aquelas meninas que a minha mãe matava eram um pouco eu própria. [...] A morte de um animal, como a morte de um bébé, tão simples e banal para os meus pais, desencadeava o pavor de eu também desaparecer como eles, com a mesma simplicidade e rapidez. [...] Já que nos dão a vida, têm o direito de a fazer desaparecer. (pg 21)

Uma vaca ou um carneiro valem mais do do que uma rapariga. (pg 23)

É muito difícil abandonar essa pele de escrava consentida, porque se nasce com ela quando se é rapariga e, durante todo infância, essa forma de não-existência, de obedecer ao homem e à sua lei, é cultivada ininterruptamente, pelo o pai, pela mãe, pelo irmão, e a única saída, que consiste em casar, vai perpetuá-la com o marido. pg 48

É uma coisa curiosa o destino das mulheres árabes, pelo menos na minha aldeia. Aceitam-no naturalmente. Nem nos passa pela cabeça revoltarmo-nos nunca.

Estou consciente de que arrisco a vida por causa desta história de amor que começa há perto de vinte cinco anos, na minha aldeia natal na Cisjordânia. Uma aldeia minúscula, então em território ocupado pelos israelitas, e cujo o nome ainda não posso dizer. Porque continuo a pôr em perigo a minha vida, mesmo a milhares de quilómetros de distância. Na minha terra estou oficialmente morta, a minha existência foi olvidade desde há muito, mas se lá voltasse hoje matar-me-iam uma segunda vez para salvar a honra da minha família. É o direito tradicional. (pg 67)

Alguns passageiros queixam-se do Cheiro, apesar das cortinas corridas à volta. Desde o dia da minha primeira visita a Souad, naquela sala de desterro e de morte, passaram dois meses. Cada centímetro de pele do busto e dos braços está descomposta numa vasta chaga purulenta. Bem podem os passageiros apertar o nariz e dirigir à hospedeira careta enojadas que eu não ligo.Trago comigo uma mulher queimada e o seu bebé, e um dia irão saber porquê. Saberão também que há outras, que já morreram ou vão morrer, em todos os países onde a lei dos homens instituiu o crime de honra. Na Cisjordânia, mas também na jordânia, na Turquia, no Irão, no Iraque, no Iémen, na Índia, no Paquistão e mesmo em Israel, e até na Europa. Ficarão a saber que as raras sobreviventes são obrigadas a permanecer escondidas o resto da vida, para que os seus assassinos não as encontrem não importa onde, por esse mundo fora. Porque ainda conseguem fazê-lo. Ficarão a saber que a maior parte das associações humanitárias não as tomam a seu cargo porque essas mulheres constituem casos sociais individuais, "culturais"!E nalguns países as leis protegem os assassinos. (pg 129)

Sim ou Não!

Desde 1998, “século passado”, que não se ouvia falar tanto sobre interrupção voluntária da gravidez, popularmente chamada de “aborto”. Agora esgrimem-se argumentos a favor do sim e do não, curioso ou talvez não, é que após ouvir muitos dos debates sobre o assunto cada cidadão fica com a sua opinião mais próxima do “nim”, ou seja, nem sim nem não, os debates realizados com o objectivo de esclarecer muitas vezes complicam.Se ouvirmos os apoiantes do “sim”, existem argumentos válidos, se ouvirmos os apoiantes do “não” também estes têm argumentos válidos. Então, em que ficamos?Se observarmos a lei portuguesa, no Artigo 24º, o ponto 1 diz o seguinte: A vida humana é inviolável. No ponto 2 diz: Em caso algum haverá pena de morte. Mas o artigo 24º tem excepções, que estão contidas no código penal no Artigo 142º que tem o seguinte titulo: “ Interrupção da gravidez não punível”, e de uma forma simples a excepção da lei prevê 3 casos em que a mulher pode abortar sem ser penalizada: quando a vida da mulher estiver em perigo quer físico ou psíquico; por má formação do feto e em caso de a mulher ter sido vítima de violação. Quando a saúde da mulher está em perigo a mesma pode “abortar” até às 12 semanas, no segundo caso pode fazê-lo até às 16 semanas e, no terceiro previsto na lei, até às 12 semanas. Se observar já existem 3 excepções à lei do “aborto”. É um facto que, apesar dos julgamentos, não existe nenhuma mulher condenada!O que não deve acontecer é fazer-se do “aborto” um método contraceptivo. E o que realmente deve existir é uma educação sexual dos jovens, criando-se, também, no SNS, um verdadeiro planeamento familiar, para evitar que realmente se faça do “aborto” a “solução” para o problema.O que deveria acontecer é a aplicação da lei que já existe, porque se em Espanha a lei é semelhante e funciona, cá também poderá funcionar
(in http://folhadeportugal.com/detalhenoticias.php?id_noticia=74&Id_tema=13)


Opnião:
Sou a favor do sim, não porque as estatisticas dizem que o sim vai sair vencedor, e porque não podemos ficar impunes ao negócio que existe por detrás de um aborto; ao verdadeiro motivo que leva uma futura mãe a faze-lo, vejamos que quem quer abortar teve uma luta dentro de si entre fazer ou não, os riscos que correrá, se será a opção certa; dentro da cabeça dessa mulher passará mil e uma pergunta umas com resposta outras que só gerem ainda mais quetões. Por isso olhemos para as razões, para a situação económica, para a relação com o pai da criança (que é também extremamente importante) vejamos também como esta mulher ficará depois de abortar. Tudo isso importa, se o aborto em portugal for liberalizado acaba-se com um "negócio da china" onde rios de dinheiro passam à margem da lei vindo das carteiras de pessoas desesperadas que não querem ter esse "filho". Liberar o aborto é acabar com o abandono de crianças (onde muitas delas aparecem mortas no caixote do lixo) eu acredito que muitas pessoas abortam, não porque não querem ter filhos, impossível a mulher foi feita para procriar mais cedo ou mais tarde esse desejo aparecerá; abortam porque os seus obejectivos profissionais (e esta é uma das maiores preocupações de uma mulher nos dias que correm; ter sucesso profissional, estudos, bom emprego, condições, ser independente, hoje em dia as meninas crescem a pensar eu quero ser professora, médica etc etc e não quando for grande quero ter um menino e uma menina e o meu marido ter que ser loiro e olhos azuis, houve uma mudança na mentalidade, logo "muda-se os tempos mudam-se as vontades".
Pensemos muitas dessas futuras mães são jovens, falta-lhes a acima de tudo MATURIDADE que é estremamente necessária para se criar um filho, deixemos de dar uma criança a uma criança, passemos desde cedo a educar a criança a proteger-se, a vida sexual é cada vez mais cedo logo desde pequenos pais e mães, educadores, professores/escola ensinem as criaças a proteger-se não vale a pena impedir que iniciem a vida sexual mais tarde, rigor e punição leva a que o fruto proibido seja o mais apetecido, vamos é liberar expliquem-lhes desde cedo que uma criança não vem da cegonha, as crianças de agora são bem mais espertas do que antigamente, por isso o ensinar desde cedo a proteger-se é não só evitar a indesejada gravidez, mas também as doenças sexualmente transmissiveis (DST).
O tempo que o estado gasta dinheiro em festas a mostrar aos outros países que estamos a tornar-nos desenvolvidos, comecem por desenvolve-lo a sério; salários dos deputados cada vez mais elevados, faça-se justiça limitando o sálario, se há salario minimo que haja o máximo. Apostem na saúde, no planeamento familiar, façam-no abranger todos, eduquem as futuras mulheres a desde cedo, (desde a primeira mestruação, quem sabe uma boa oportunidade) de ir ao ginecologista, façam-nas saber o verdadeiro sentido de se estar menstruada, o perigo de praticar sexo sem protecção. Ensinem os meninos que eles podem não carregar as crianças mas eles são igualmente responsáveis. Deixemos de pensar, "Se teem jeitinho para fazer o que não devem, lixem-se com as reponsabilidades" deixem-mo-nos de ser egoistas, se educarmos desde cedo a vida sexual de cada individuo vai ser muito diferente. Certamente que se diminuirá a taxa de pessoas com DST's; filhos indesejados; abortos clandestinos;crianças abandonadas, maltratadas. Respeitem a vida sexual de cada um, e preocupem-se em educar depois cabe a cada um decidir o que faz e como faz. Liberar o aborto é sinónimo de liberdade de escolha, só o fará quem quiser, principalmente se com esta liberdade surgir todos os outros meios de prevenção; nao peço gratuitos, seria pedir muito a uma economia supostamente na miséria, mas de uma forma mais fácil, ajudaria e muito.
Até hoje não consigo compreender o porquê dos presevativ
os serem tão caros e de as máquinas serem tão esquesitas quanto às moedas a utilizar; e as burocracias que preciso de tratar parar ter planeamento familiar com tanta chatice ou vou ao planeamento e espero "séculos" ou pago 75 euros para poder ir a uma consulta de ginecologia.